quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

J.G de Araújo Jorge


A um tempinho atrás, lembrei deste poeta.Cresci lendo poemas dele, ouvindo ele declamá-los;tinha um lp que acompanhava uma série de livros dele;nesta época acho que tinha uns 10 anos.
Tá bom, era um pouco demais para mim??não sei, eu adorava ficar lendo.Lá em casa tinha os volumes do "Os mais belos poemas que o amor inspirou".
Hoje com a internet, temos livros e mais livros que legal..ou ilegalmente, nos é colocado a disposição.Não tenho nenhum livro baixado que não seja os ofertados legalmente de graça.Felizmente mesmo não tendo que baixar temos vários sites que abrigam obras de vários autores.Fico horas,se deixarem, lendo os poemas de vários autores,Vinícius de Moraes,Fernando Pessoa e seus heterônemos, Cora Coralina, Cecília Meireles,Florbela Espanca,Carlos Drummond, Manuel Bandeira e muitos outros,todos com várias obras colocadas a disposição para leitura.
Entre muitos, o de José Guilherme de Araújo Jorge que estão muito bem expostos neste site:http://www.jgaraujo.com.br/ .Infelizmente pra muitos ou foi só comigo, o audio não funcionou no Chrome,só consegui ouvir no mozila e no IE.
Acho que a poesia sempre me perseguiu.Morei numa rua chamada Ciro dos Anjos, um poeta do início do século passado.Vi pessoalmente o poeta Carlos Drummond.E em tenra idade, adorava ler poemas.Pra minha sorte ,meus pais e familiares sempre que puderam,me presenteavam com livros.
Tenho comigo, de própria composição, mais de 70 versos.Muitos não chegam aos pés desses mestres mas tento e sigo o que dizia o poeta:sou poeta menor.
Hoje deixo uma poesia do mestre J.G de Araújo Jorge e fica aqui o convite a todos de visitar e conhecer a obra dele no site que indiquei.

Hoje estou triste

Amor... Hoje estou triste... Nesses dias
a vida de repente se reduz
a um punhado de inúteis fantasias...
... Sou uma procissão só de homens nus...

Olho as mãos, minhas pobres mãos vazias
sem esperas, sem dádivas, sem luz,
que hão semear vagas melancolias
que ninguém vai colher, mas que compus...

Amor, estou cansado, e amargo, e só...
Estou triste mais triste e pobre do que Jó,
- por que tentar um gesto? E para quê?

Dê-me, por Deus, um trago de esperança...
Fale-me, como se fala a uma criança
do amor, do mar, das aves... de você!

( Poema de JG de Araujo Jorge
" O Poder da Flor " - 1969 )

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